quarta-feira, 18 de junho de 2014

Vitamina D: Você sabe porque é importante dosa-la??



A Vitamina D é um nutriente produzido pelo corpo humano através da ação da radiação ultravioleta (tipo de energia emitida pelo sol) na pele.  Ela ganha cada vez mais atenção dos profissionais de saúde pelas importantes ações que desenvolve no organismo e por sua deficiência ter alcançado elevados índices no mundo todo, principalmente nos centros urbanos.

Qual é a importância da vitamina D?
A vitamina D é essencial tanto para o desenvolvimento ósseo e crescimento das crianças, quanto para manutenção da integridade óssea em adultos. Com isto, esta vitamina assume, em qualquer momento da vida, um papel importante na prevenção da osteoporose e das fraturas, principalmente em indivíduos idosos, onde as consequências das mesmas podem ser ainda mais graves.
Também está envolvida em outras reações importantes para nosso organismo, tais como no auxílio à produção de substâncias do sistema imunológico (melhorando a defesa do organismo), ajuda no controle da pressão arterial e do diabetes tipo II e  no auxílio à melhora cardiovascular.




 
Quais são as fontes de vitamina D?
Cerca de 80% a 90% da quantidade de vitamina D necessária aos seres humanos é de fonte endógena, ou seja, é produzida pelo próprio corpo (através da pele). Já os 10% a 20% restantes são provenientes da alimentação.
A vitamina D é encontrada principalmente em peixes gordurosos de água fria e profunda (como atum e salmão), nos fungos comestíveis (como os champignons), na manteiga, no leite, na gema do ovo e no fígado. Vale ressaltar que os peixes criados em cativeiro tem pouca vitamina D.
 
A deficiência de vitamina D é frequente?
Ela é mais frequente do que se imaginava. Uma grande parte da população mundial, independentemente da etnia e da localização geográfica, apresenta baixos níveis desta vitamina. Surpreendentemente, a deficiência também é comum em países tropicais.
            No Brasil, seus baixos níveis ocorrem em:

  •               60% dos adolescentes;
  •             Entre 40% e 58% em adultos jovens;
  •             Entre 42% e 83% dos idosos.
O que contribui para a deficiência de vitamina D?
Muitos fatores podem reduzir a produção de vitamina D pela pele, tais como:
  • Baixa exposição solar;
  • O envelhecimento, pois há uma diminuição da capacidade do corpo em produzir a vitamina D;
  • O uso contínuo de protetor solar: embora o uso de protetor solar seja importante para evitar doenças relacionadas à exposição excessiva ao sol, alguns minutos sem o mesmo, durante o período da manhã, são importantes;
  • Pele de cor mais escura, pois é mais resistente à incidência do sol;
  • Doenças crônicas, tais como as dos rins e do fígado, uma vez que estes órgãos participam do processo de produção desta vitamina;
  • Obesidade, uma vez que a vitamina D deposita-se no tecido adiposo (gorduroso) e não circula no sangue em quantidades suficientes;
  • Uso prolongado de alguns medicamentos, tais como os anticonvulsivantes;
  • Dieta deficiente desta vitamina. 

O que a deficiência de vitamina D causa?

      A deficiência de vitamina D pode levar à redução dos níveis de cálcio no sangue, resultando em:
  • Infância: raquitismo (malformação dos ossos em desenvolvimento); 
  • Fase adulta: perda óssea e, consequentemente, na osteoporose (redução da densidade óssea) ou na osteomalácia (mineralização inadequada ou retardada do osso já formado).
Além disso, a deficiência de vitamina D aumenta o risco de fraturas ósseas (decorrentes da fragilidade óssea e redução do equilíbrio) e pode estar envolvida no desenvolvimento e piora de várias outras doenças além do sistema ósseo, tais como: cardiovasculares, diabetes, hiperparatireoidismo* e doenças inflamatórias. 
            Nos casos de Hiperparatireoidismo (aumento dos níveis do paratormônio), a deficiência de vitamina D reduz a absorção intestinal do cálcio, levando ao aumento da produção do paratormônio (hormônio produzido pelas glândulas paratireoides, que tende a liberar o cálcio presente nos ossos) e, consequentemente, à retirada do cálcio presente nos ossos, predispondo à osteoporose.

Como posso fazer para evitar a deficiência?
Tenha uma alimentação adequada e procure se expor ao sol por no mínimo 10 minutos ao dia, em horários onde o mesmo não seja muito intenso, tal como no período da manhã (“longe” do meio dia). Em alguns casos, o uso de suplementos a base de vitamina D pode ser indicado.
A manutenção dos níveis adequados desta vitamina é importante para a manutenção da saúde óssea e muscular (e consequente redução do risco de fraturas), bem como no auxílio de tratamentos e prevenções de algumas outras doenças.




A dosagem da 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] constitui o melhor marcador da deficiência de vitamina D e da intoxicação exógena, razões que mais frequentemente levam à indicação dessa investigação. É, portanto, o exame mais adequado para avaliar o status de vitamina D por refletir com maior fidelidade suas reservas corporais. E lembre-se sempre de consultar o seu médico.



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Referências bibliográficas:
1. Bandeira,F.; Griz, L.; Dreyer, P.; Eufrazino, C.; Bandeira, C.; Freese, E. Vitamin D deficiency: a global perspective. Arq Bras Endocrinol Metab vol.50 no.4 São Paulo Aug. 2006
2. Castro, L.C.M. O sistema endocrinológico vitamina D. Arq Bras Endocrinol Metab vol.55 no.8 São Paulo Nov. 2011
3. Silva, BCC; Camargos, BM; Fujii, JB; Dias, EP; Soares, MMS. Prevalência de deficiência e insuficiência de vitamina D e sua correlação com PTH, marcadores de remodelação óssea e densidade mineral óssea, em pacientes ambulatoriais. Arq Bras Endocrinol Metab vol.52 no.3 São Paulo Apr. 2008
4. Farias, FAB. Prevalência de osteoporose, fraturas vertebrais, ingestão de cálcio, e deficiência de vitamina D em mulheres na pós-menopausa. Recife, 2003. Tese (Doutorado) – Escola Nacional de Saúde Pública / Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães – FIOCRUZ
5. http://www.marjan.com.br
6. Imagem: Revista IstoÉ

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Infarto Agudo do Miocárdio: Quando um exame laboratorial pode auxiliar no diagnóstico.



O infarto agudo do Miocárdio (IAM) ou Ataque Cardíaco, como é mais conhecido, ocorre quando há a morte do músculo cardíaco, resultante da oferta inadequada de oxigênio para este órgão. Geralmente isso decorre da interrupção abrupta do fluxo sanguiíneo nas artérias coronárias, que são os vasos sanguíneos que transportam sangue para o músculo cardíaco.
O principal sintoma do IAM é a dor do centro do peito, descrita pelos pacientes como uma sensação de pressão ou aperto, comumente irratiada para o braço esquerdo, para a mandíbula ou para as costas. Juntamente com a dor, frequentemente ocorrem palpitações, falta de ar,. Suor excessivo, palidez e sesação de desmaio.
Cerca de 50% das mortes por IAM ocorrem na primeira hora do evento, o que demonstra a importância da assistência média imediata.

O diagnóstico do IAM se dá pelos sintomas típicos acima descritos e pela detecção de alterações em exames subsidiários, tais como eletrocardiograma e exames de Sangue (Enzimas Cardíacas).
As enzimas cardíacas, também chamadas de marcadores de necrose miocárdica devem sempre ser solicitadas em ambiente hospitalar, com o paciente internado ou em observação. Estas dosagens não necessitam de jejum.

As principais Enzimas cardíacas

- Creatinofosfoquinase (CPK) fração MB:
É a chamada CPK-MB massa. Esta enzima eleva-se no sangue entre 3 e 6 horas após o início dos sintomas de infarto do miocárdio, com um pico de elevação entre 16 e 24 horas, normalizando-se entre 48 e 72 horas. A CPK-MB massa apresenta sensibilidade diagnóstica (capacidade de identificar o infarto do miocárdio) de 50% em três horas após o início dos sintomas  e de 80% cerca de 6 horas após.

Mioglobina: 
É uma enzima cardíaca cujos  valores de referência  variam com a idade,  sexo e raça. Esta enzima é liberada rapidamente pelo miocárdio lesado, começando a elevar-se entre 1 e 2 horas após o início dos sintomas de infarto do miocárdio, com um pico de elevação entre 6 e 9 horas e normalização entre 12 e 24 horas.
Embora pouco específica pelo seu elevado valor preditivo negativo (o qual varia de 83% a 98% ), é excelente para afastar o diagnóstico de infarto do miocárdio .A sua elevação não confirma o diagnóstico de infarto do miocárdio, mas quando o seu valor é normal,  praticamente afasta o diagnóstico da doença. 

- Troponinas:
São enzimas que estão presentes no sangue sob três formas de apresentação ( troponina C ou TnC, a troponina I ou TnI e a troponina T ou TnT). Estas enzimas se elevam entre 4 e 8 horas após o início dos sintomas, com pico de elevação entre 36 e 72 horas e normalização entre 5 e 14 dias. Apresentam a mesma sensibilidade diagnóstica da CK-MB entre 12 e 48 horas após o início dos sintomas do infarto do miocárdio, mas na presença de portadores de doenças que diminuem a especificidade da enzima CPK-MB , elas são indispensáveis.


A estratégia mais eficaz para a prevenção do IAM é evitar e controlar os fatores de risco, bem como diagnosticar precocemente a aterosclerose, por meio de uma avaliação clínica periódica.


Fonte: Prof. Dr. Roberto Kalil Filho, Diretor Geral do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês