A
Vitamina D é um nutriente produzido pelo corpo humano através da ação da
radiação ultravioleta (tipo de energia emitida pelo sol) na pele. Ela
ganha cada vez mais atenção dos profissionais de saúde pelas importantes ações
que desenvolve no organismo e por sua deficiência ter alcançado elevados
índices no mundo todo, principalmente nos centros urbanos.
Qual é a importância da vitamina
D?
A
vitamina D é essencial tanto para o desenvolvimento ósseo e crescimento das
crianças, quanto para manutenção da integridade óssea em adultos. Com isto,
esta vitamina assume, em qualquer momento da vida, um papel importante na prevenção da osteoporose e das fraturas,
principalmente em indivíduos idosos, onde as consequências das mesmas podem ser
ainda mais graves.
Também
está envolvida em outras reações importantes para nosso organismo, tais como no
auxílio à produção de substâncias do sistema imunológico (melhorando a defesa do organismo), ajuda no controle da pressão arterial e do diabetes tipo II e no
auxílio à melhora cardiovascular.
Quais são as fontes de vitamina
D?
Cerca de
80% a 90% da quantidade de vitamina D necessária aos seres humanos é de fonte
endógena, ou seja, é produzida pelo próprio corpo (através da pele). Já os 10%
a 20% restantes são provenientes da alimentação.
A
vitamina D é encontrada principalmente em peixes gordurosos de água fria e
profunda (como atum e salmão), nos fungos comestíveis (como os champignons), na
manteiga, no leite, na gema do ovo e no fígado. Vale ressaltar que os peixes
criados em cativeiro tem pouca vitamina D.
A deficiência de vitamina D é
frequente?
Ela é
mais frequente do que se imaginava. Uma grande parte da população mundial,
independentemente da etnia e da localização geográfica, apresenta baixos níveis
desta vitamina. Surpreendentemente, a deficiência também é comum em países
tropicais.
No Brasil, seus baixos níveis
ocorrem em:
- 60% dos adolescentes;
- Entre 40% e 58% em adultos jovens;
- Entre 42% e 83% dos idosos.
O que contribui para a deficiência de vitamina D?
Muitos
fatores podem reduzir a produção de vitamina D pela pele, tais como:
- Baixa exposição solar;
- O envelhecimento, pois há uma diminuição da capacidade do corpo em produzir a vitamina D;
- O uso contínuo de protetor solar: embora o uso de protetor solar seja importante para evitar doenças relacionadas à exposição excessiva ao sol, alguns minutos sem o mesmo, durante o período da manhã, são importantes;
- Pele de cor mais escura, pois é mais resistente à incidência do sol;
- Doenças crônicas, tais como as dos rins e do fígado, uma vez que estes órgãos participam do processo de produção desta vitamina;
- Obesidade, uma vez que a vitamina D deposita-se no tecido adiposo (gorduroso) e não circula no sangue em quantidades suficientes;
- Uso prolongado de alguns medicamentos, tais como os anticonvulsivantes;
- Dieta deficiente desta vitamina.
O que a deficiência de vitamina D causa?
A deficiência de vitamina D pode
levar à redução dos níveis de cálcio no sangue, resultando em:
- Infância: raquitismo (malformação dos ossos em desenvolvimento);
- Fase adulta: perda óssea e, consequentemente, na osteoporose (redução da densidade óssea) ou na osteomalácia (mineralização inadequada ou retardada do osso já formado).
Além disso,
a deficiência de vitamina D aumenta o risco de fraturas ósseas (decorrentes da
fragilidade óssea e redução do equilíbrio) e pode estar envolvida no
desenvolvimento e piora de várias outras doenças além do sistema ósseo, tais
como: cardiovasculares, diabetes, hiperparatireoidismo* e doenças
inflamatórias.
Nos
casos de Hiperparatireoidismo (aumento dos níveis do paratormônio), a
deficiência de vitamina D reduz a absorção intestinal do cálcio, levando ao
aumento da produção do paratormônio (hormônio produzido pelas glândulas
paratireoides, que tende a liberar o cálcio presente nos ossos) e,
consequentemente, à retirada do cálcio presente nos ossos, predispondo à
osteoporose.
Como posso fazer para evitar a
deficiência?
Tenha uma
alimentação adequada e procure se expor ao sol por no mínimo 10 minutos ao dia,
em horários onde o mesmo não seja muito intenso, tal como no período da manhã
(“longe” do meio dia). Em alguns casos, o uso de suplementos a base de vitamina
D pode ser indicado.
A
manutenção dos níveis adequados desta vitamina é importante para a manutenção
da saúde óssea e muscular (e consequente redução do risco de fraturas), bem
como no auxílio de tratamentos e prevenções de algumas outras doenças.
A dosagem
da 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] constitui o melhor
marcador da deficiência de vitamina D e da intoxicação exógena, razões que mais
frequentemente levam à indicação dessa investigação. É, portanto, o exame mais
adequado para avaliar o status de vitamina
D por refletir com maior fidelidade suas reservas corporais. E lembre-se sempre de consultar o seu médico.
Agora no PLATINUM
ANÁLISES CLÍNICAS você pode realizar a dosagem da VITAMINA D e com a VANTAGEM de seu resultado pronto NO MESMO DIA!
Referências bibliográficas:
1. Bandeira,F.; Griz, L.; Dreyer,
P.; Eufrazino, C.; Bandeira, C.; Freese, E. Vitamin D deficiency: a global
perspective. Arq Bras Endocrinol Metab vol.50 no.4 São
Paulo Aug. 2006
2. Castro, L.C.M. O sistema
endocrinológico vitamina D. Arq Bras Endocrinol Metab vol.55 no.8 São
Paulo Nov. 2011
3. Silva, BCC; Camargos, BM;
Fujii, JB; Dias, EP; Soares, MMS. Prevalência de deficiência e insuficiência de
vitamina D e sua correlação com PTH, marcadores de remodelação óssea e
densidade mineral óssea, em pacientes ambulatoriais. Arq Bras Endocrinol
Metab vol.52 no.3 São Paulo Apr. 2008
4. Farias, FAB. Prevalência de
osteoporose, fraturas vertebrais, ingestão de cálcio, e deficiência de vitamina
D em mulheres na pós-menopausa. Recife, 2003. Tese (Doutorado) – Escola Nacional
de Saúde Pública / Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães – FIOCRUZ
5. http://www.marjan.com.br
6. Imagem: Revista IstoÉ


