O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais
cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo.
Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1
centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%. Quanto maior o
tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é,
portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.
Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal
arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano
em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da
doença começa a aumentar significativamente.
A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o
câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o
nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser
curado em até 95% dos casos.
AUTOEXAME
Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o
câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na
palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou,
a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
O autoexame continua sendo importante – mas de forma
secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não
está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas.
Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma
pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para
82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas
35% apontaram a mamografia.
Como realizar o auto-exame:
MAMOGRAFIA
A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é
comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são
feitas duas chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar
da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é
importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X
utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de
empecilho para a realização do exame.
Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar
nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação
do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem
pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances
de cura.
Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar
a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei
Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher
brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa
idade.
Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a
deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de
mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que
têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando
associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.
EXAMES
Os exames para câncer de mama visam identificar risco genético, descobrir o
câncer em seus estágios iniciais, determinar sua extensão e avaliar suas
características para orientação do tratamento, monitorar a eficácia do
tratamento e detectar recorrências. A tabela abaixo resume os principais
exames, que serão mais detalhados adiante.
Exames de sangue podem ser usados para avaliar a resposta ao tratamento e
para detectar recorrências. Outros permitem a avaliação do risco de câncer de
mama em famílias predispostas.
*CA15-3 (ou CA 27.29) é um marcador tumoral que pode
ser pedido em intervalos para detectar recorrência após o tratamento. Não é
usado como triagem de câncer de mama, mas no acompanhamento de paciente já
diagnosticada.
* Mutação dos genes BRCA-1 e BRCA-2: Mutações desses genes podem ser pesquisadas em mulheres de famílias com
incidência alta de câncer de mama e/ou de câncer de ovário. Algumas mutações indicam uma probabilidade de até 80% de desenvolvimento
de câncer de mama. Entretanto, é importante observar que essas mutações ocorrem
em apenas 5% a 10% de todos os casos de câncer de mama. Deve haver
aconselhamento genético das pacientes antes do exame e após um resultado
positivo.



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