terça-feira, 14 de outubro de 2014

Prevenção ao Câncer de Mama

O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo.
Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.
Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente.
A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.






AUTOEXAME
Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas.
Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia.

Como realizar o auto-exame:



MAMOGRAFIA

A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são feitas duas chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame.
Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.
Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade.
Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.




EXAMES
Os exames para câncer de mama visam identificar risco genético, descobrir o câncer em seus estágios iniciais, determinar sua extensão e avaliar suas características para orientação do tratamento, monitorar a eficácia do tratamento e detectar recorrências. A tabela abaixo resume os principais exames, que serão mais detalhados adiante.
Exames de sangue podem ser usados para avaliar a resposta ao tratamento e para detectar recorrências. Outros permitem a avaliação do risco de câncer de mama em famílias predispostas.
*CA15-3 (ou CA 27.29) é um marcador tumoral que pode ser pedido em intervalos para detectar recorrência após o tratamento. Não é usado como triagem de câncer de mama, mas no acompanhamento de paciente já diagnosticada. 
* Mutação dos genes BRCA-1 e BRCA-2: Mutações desses genes podem ser pesquisadas em mulheres de famílias com incidência alta de câncer de mama e/ou de câncer de ovário.  Algumas mutações indicam uma probabilidade de até 80% de desenvolvimento de câncer de mama. Entretanto, é importante observar que essas mutações ocorrem em apenas 5% a 10% de todos os casos de câncer de mama. Deve haver aconselhamento genético das pacientes antes do exame e após um resultado positivo.


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